Boaventura de Sousa Santos é um dos mais prestigiados cientistas sociais da atualidade, uma das principais vozes na reinvenção da emancipação social e nome de referência mundial nos estudos da sociologia do direito. No entanto, nem todos conhecem tão bem sua produção poética. “139 epigramas para sentimentalizar pedras” é seu décimo e mais novo livro de poesia, que chega agora com exclusividade ao leitor brasileiro, para completar quase cinquenta anos de encantamento com as palavras. Nele, Boaventura grita contra a submissão do homem às grandes estruturas sociais e econômicas, dando às pedras, as únicas que "pensam longamente", conselhos para que não sejam usadas para ferir, mas que sejam libertas, que se sentimentalizem. Ou, ao menos, que não pensem em suicídio, como às vezes fazem os poetas.
BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS é sociólogo, jurista e poeta. Nascido em Portugal, em 1940, doutorou-se em sociologia do direito e foi um dos fundadores da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, em 1973, onde veio a criar o curso de sociologia. Hoje é diretor do Centro de Estudos Sociais da mesma universidade, além de Distinguished Legal Scholar da Faculdade de Direito da Universidade de Wisconsin-Madison e doutor honoris causa de várias universidades. É um dos promotores do Fórum Social Mundial. Tem livros publicados, em diversas línguas, sobre globalização, sociologia do direito, epistemologia, democracia e direitos humanos. Como poeta, publicou, entre outros, “O rosto quotidiano”, “Escrita INKZ: antimanifesto para uma arte incapaz” e “Rap global”.