A ética da alegria não deixa de ser uma transgressão num mundo onde o niilismo impera com força total. É aí que esta ética se converte, de fato, numa verdadeira resistência, numa espécie de máquina de guerra nômade em prol da vida e da liberdade. Sem liberdade não há verdadeira alegria. Então, a luta é por ambas as coisas: quanto mais nos libertamos do jugo que criamos para nós mesmos, mais nos tornamos alegres; e quanto mais produzimos alegrias, mais nos tornamos fortes para a conquista da liberdade.
REGINA SCHÖPKE é filósofa e historiadora. Doutora em Filosofia pela UNICAMP, Mestra em Filosofia pela UFRJ e Mestra em História Medieval pela UFF, ocupa atualmente o cardo de Professora Adjunta da Graduação e da Pós-Graduação em Filosofia da UERJ. Traduziu diversos livros de filosofia, ciências humanas e publicou resenhas de livros em jornais de grande circulação. É autora de Por uma filosofia da diferença: Gilles Deleuze, o pensador nômade, Matéria em movimento - A ilusão do tempo e o eterno retorno e Dicionário Filosófico.