Debatendo-se entre classicismo e romantismo, realismo e idealismo, entre uma atitude pagã e cristã, simultaneamente, Paulo Fichtner é um grego à la Winckelmann, como vemos em Gerd Bornheim. Poesia dominadora, depressiva e entusiasta, audaciosa e enérgica. Escrita que se comunica aos arrancos, por poderosos impulsos, benéficos ou maléficos, insinuando-se entre revolta e amor. Entre exclusivista e explosiva, dominadora e ardente, esta dicção poética age e reage, em sua mentalidade panorâmica, por puro ímpeto. Trata-se de um louco, um poeta, um sonhador, um alquimista do verbo. Paulo, poeta delicado e feroz.
Olga Savary