Por que então retomar tantas vezes a pergunta-chave – O que é poesia? O que é ser poeta? Que “luta mais vã” será essa a que se refere Drummond? Nos escritos esparsos reunidos neste livro, o poeta, professor e pesquisador Carlos Felipe Moises aborda a fundo algumas dessas questões. Para ele, quaisquer que sejam as respostas, já teremos a certeza de que o poeta é um ser belicoso, briguento. Basta chamá-lo de “lutador” para o saber. E se é a “luta mais vã”, temos também que é, e sempre será, um derrotado. Mas que insiste em lutar porque é um insubmisso, não se rende às evidências. Com isso, mal feita a pergunta, já temos algumas respostas. Que imediatamente se desdobrarão, sem cessar, em mais perguntas.
CARLOS FELIPE MOISÉS nasceu em São Paulo, em 1942, e estreou como poeta em 1960, com A poliflauta. Desde o início da carreira, dedicou-se à poesia, à crítica literária e ao ensino de literatura, na Universidade de São Paulo e em outras instituições de ensino superior, no Brasil e nos Estados Unidos. Especializou-se em poesia moderna, tendo publicado relevantes ensaios sobre Fernando Pessoa, João Cabral de Melo Neto, Mário Cesariny, Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes, entre outos. É também tradutor de Sartre, Marshal Berman e Joseph Campbell, e autor de livros infanto-juvenis. Entre seus livros de crítica e teoria poética destacam-se: O poema e as máscaras, Poética da Rebeldia, O desconcerto do mundo e Poesia & utopia. Como poeta, seus títulos mais recentes são Noite nula e Disjecta membra.