"Uma fundamental insegurança nos converte, inapelavelmente, em guardiões das coisas. Começamos por querer guardá-las nos olhos, como se pudéssemos retê-las com nosso desejo ou nossa admiração. Depois tentamos guardá-las na memória, temendo as teias do esquecimento. Finalmente em malas, gavetas, cofres, costumamos recolher aquelas coisas sem as quais, segundo pensamos, não conseguiríamos suportar a vida".
ÂNGELO MONTEIRO nasceu em Penedo, Alagoas, e radicou-se em Recife na década de 70, onde lecionou Estética e Filosofia da Arte na Universidade Federal de Pernambuco, além de ter tido uma longa atuação na imprensa. Com uma das poéticas mais inquietantes e enigmáticas do Brasil contemporâneo, possui uma obra considerável tanto na poesia como no ensaio. Entre seus livros, destacam-se Proclamação do Verde (1969); Didática da Esfinge (1971); Caçador de Nuvens (1971); O Rapto das Noites ou o Sol como Medida (1983); Tratado da Lavação da Burra ou Introdução à Transcendência Brasileira (1986); Recitação da Espera (1992). Entre os diversos estudos sobre sua obra, encontra-se o livro Revisitação da Estética Barroca na Poesia Religiosa de Ângelo Monteiro (2010), de Ariadne Quintella. Foi recentemente eleito para Academia Pernambucana de Letras.
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