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márcio-andré
por que expulsar de vez o poeta
O
que crio não é para me expressar,
mas
para mudar a mim mesmo.
— John Cage
Aos poetas deveria ser
dado o direito apenas de escrever poesia. Não há nada mais entediante hoje
do que ouvir um poeta falar em público. Isso porque, em última instância,
o que ele fala é sobre poesia. É raro, aliás, quando diz qualquer coisa
que não seja sobre ele mesmo. Cheguei a dormir em recente conferência onde
um desses grandes aedos que se multiplicam pela cidade e semanalmente
opinam nos cadernos culturais contava em detalhes sua trajetória de vida,
antes mesmo de se tonar poeta, provando sua competência em qualquer coisa
em que viesse a atuar, mas – para o bem da poesia – se dedicou à escrita.
Eu nem gostava de literatura – dizia ele – meu interesse era
outro, era pólo aquático. Eu era um ótimo jogador de pólo... até que
conheci os grande autores. Outro gênio ao lado, também palestrante, no
esforço talvez de confrontar a postura por demais elitista do colega,
declarou em seguida: eu nunca precisei ler poesia, só escrever.
Apesar de terem ali assumido “lados opostos” em relação ao exercício da
escrita, eles deixavam ao publico apenas a sensação de estarmos
testemunhando potências criativas de dimensões avassaladoras. No fim,
pouco ou nada disseram sobre poesia, além daquilo que eles, enquanto
poetas, deram em sua contribuição.
A postura de ambos, cuja oposição anula-se por uma única e real atitude
diante da poesia, deixa entrever uma corriqueira coincidência: o fato
desses e de outros gênios escreverem versos que se resumem a uma sutil
ostentação de sua joye de vivre, de seu status quo enquanto
intelectual e da freguesia na qual se encastelam por falta de leitores –
seja partilhando os lugares bacanas que freqüenta, as sensações
agradáveis, suas conclusões descoladas e seu cosmopolitismo capiau, seja
levantando sua automarginalidade, sua atitude contracorrente ou seu estilo
junkie de ser como estandartes da obra que produz. O fato é que,
trocado em miúdos, tais ou tais posturas chegam a um denominador comum: o
segundo plano legado a poesia diante da figura do poeta – vulgar
perpetuação do ideal romântico do artista egocêntrico, aquele semi-deus do
próprio eu, transitando entre mortais, orgulhoso do fato de só ele
poder ser ele. Idéia tão vulgarmente atacada desde o Séc. XX e, em certo
sentido, “superada”, mas ainda amplamente praticada com outros nomes e
critérios.
Num tempo e lugar onde a poesia não passa do mais “fajuto” dos bens
culturais, a qual, muito aquém de tornar alguém rico ou famoso, pouco
esgota uma edição de quinhentos exemplares – prova quase empírica de que
nem mesmo os poetas, uma população em larga expansão, lêem os poetas –
esta postura, no meu entender, é o que mais afasta os leitores, tornando o
mercado editorial de poesia um salve-se quem puder, onde cada autor luta
para morder um pedaço de carne no osso, variando sutilmente o talento e o
posicionamento, mas esbanjando vaidade. Apesar de chegarmos à proeza
acadêmica de propormos a crítica ao presente, os poetas, mais do que
nunca, estão voltados para o passado, recusando todo aquele que lhe seja
contemporâneo. Transparece a mensagem na qual cada poeta entende que seria
o único vivo merecedor de leitura. E, como acontece com todo bem cultural,
sendo a oferta infinitamente maior que a demanda, acaba-se difundindo uma
escrita que, quando muito, interessa a uma pequeníssima parcela da
população, tornando o universo da poesia cada vez mais um gueto como são
os dos ouvintes de black metal e dos jogadores de RPG. Fica difícil
compreender como, no mundo onde o sujeito se afirma sujeito através da
subestima ao outro, podemos admirar algo que não seja produto da própria
subjetividade. Como dialogar se o interesse se mantém na expressão das
vivências pessoais, para aquém de experienciações concretas, estas que
envolvem um exercício de escuta e abertura ao outro? – não um outro
selecionado para constar entre os compadrinhos e amigos – logo, em função
de si mesmo –, mas o completo outro, indeterminado e
desinteressado. A expressão é a moeda de troca vigente, e o artista,
sobretudo o poeta, um certo comerciante barganhando seu “universo
interior” à quilo. Mas e a arte? O impasse se torna claro no fato de que
qualquer viagem de psicotrópicos seria o suficiente para produzir uma obra
prima – o que não acontece.
Curioso, porém, é como essa continuidade da supervalorização romântica do
autor acabou por viabilizar hoje, contrariamente aos ideais do próprio
romantismo, uma realidade por vezes brutal no que tange a
instrumentalização do indivíduo. Mesmo atos normalmente despreocupados,
como a eventual citação de um colega numa conferência ou numa entrevista,
acaba ganhando tamanha dimensão política que implica a escolha detalhada
daquele que será citado – escolha esta que depende de uma ação de
canonização do citado para que este possa estar à “altura” de quem o cita
– ainda que seja para atacá-lo. Antes de se basear na qualidade ou não do
citado enquanto escritor, ou mesmo em fatores de natureza
estético-ideológica, esta canonização tem posto em jogo princípios outros
que pouco se referem à poesia – influência, endogamia, adulação, tensão de
força e poderes. Assusta ainda mais que o mesmo aconteça se o exemplo for
transferido para uma mesa de bar ou qualquer outro ambiente informal, onde
a escolha do citado não deveria ter uma relevância maior do que a da
recordação de um bom encontro, de uma boa anedota ou de um bom porre.
Também nesse ambiente, o indivíduo é selecionado segundo a relevância de
sua citação. Tal comportamento repete-se largamente em outros exemplos,
onde os artistas se vêem diante da escolha de qual lançamento, palestra,
vernissage ou festa devem comparecer, quais livros comentar em seu blog ou
quais nomes citar em uma conversa. Nesta técnica da canonização, o
outro perde sua dignidade de indivíduo para se tornar um objeto, um
instrumento de reafirmação daquele que o cita, num movimento onde a
própria citação converte-se em especulo de sua subjetividade – onde a
poesia, por sua vez, vê sua dignidade poética alterada em um
discurso vazio.
Tal relação entre a valorização romântica do artista e a
instrumentalização do indivíduo, não apresenta de fato nenhuma contradição
quando percebemos que esta se baseia no mesmo princípio do sistema no qual
vivemos, onde a reafirmação da crença absoluta no sujeito é a força motriz
do módulo de produção e consumo. Para reafirmar o sujeito – através do
consumo – é preciso antes reduzir-se a objeto – através da força de
produção. Basta observar qualquer comercial de televisão, onde o apelo de
exclusividade do indivíduo propiciado por determinado produto varia de
acordo com o seu valor de compra. Quanto mais caro, mais “exclusivo” será
aquele que o consome. Em outra instância é mesmo óbvia a percepção de que
tal comercial é transmitido em rede nacional, propondo “exclusividade”
para milhares de pessoas em tempo real, criando assim, uma massificação e
uma instrumentalização do direito à individualidade. Enquanto valor de
compra, a individualidade, a dignidade do – e enfim, a própria condição de
– poeta será medida a partir desta lógica da canonização, onde o que se
tem em vista é a cotação na bolsa de influências e citações. Eis o
canibalismo de todas as carnes.
Partilhando dessa mesma ideologia de transmutação do indivíduo em recurso
(canonização), perpetuam-se noções que tanto resistem à construção de
parâmetros amplificadores no que tange o diálogo entre leitor e obra,
popularizando, pior, massificando eternamente aquela pequena parcela de
textos de uma ainda menor parcela de autores resguardados pelo cânone
ocidental. Os poucos “gênios” que a história elegeu para excluir todo
aquele que não se enquadrava nesta ou naquela escolha política, que em
outra dimensão determina esta ou aquela compreensão da realidade, não são
nada mais que um subproduto dessa tentativa antiga e eficaz de fundamentar
a soberania dos valores da tradição européia. As centenas de compositores
barrocos, das mais diversas nacionalidades, deixados de lado em função
daqueles quatro ou cinco italianos e alemães eleitos para representar a
musica eterna é um verdadeiro massacre intelectual. Um genocídio, com
proporções devastadoras, de toda uma gama de riquezas e preciosidades
musicais conhecidas apenas de estudiosos e especialistas. Se passarmos da
escala diacrônica para a perspectiva sincrônica, excluímos também toda a
produção deslocada dos grandes centros culturais, de hoje e de ontem, uma
vez que o princípio da genialidade compartilha, sobretudo, do principio de
um espaço adequado ao nascimento desse gênio, onde ele estaria
convenientemente exposto, desde o berço, a um fértil terreno de cultura e
liberdade (leia-se, projeto civilizatório). Mesmo que, tentando remar
conforme a correnteza, elejamos Machado ou Guimarães como “gênios” (e
ainda que o Sr. Bloom também os reconheça) não esqueçamos que suas obras
nunca serão consideradas verdadeiramente “obras da humanidade”, a menos
que haja uma drástica mudança geopolítica e lingüística, colocando o
português no centro das negociações culturais no mundo. Prova real de uma
matemática simples: gênio é antes aquele que tem poder para eleger-se. O
que sobra é a resignação de não ser lido ou comentado, como não o são, os
milhares de “gênios” dos países periféricos. E assim, diminuindo a escala
do microscópio e o direcionando ao presente, voltamos a nossa pequena
polis com sua microfísica idêntica àquela praticada em escala global e há
muito tempo.
Cheguei a me perguntar se tal característica, a de ferramenta de poder e
articulação política, raramente questionada ou mesmo percebida, não seria
a verdadeira essência da poesia moderna. Apesar de ser uma questão cada
vez mais refletida entre os cientistas políticos e filósofos de nosso
tempo, é o poeta que deve (ou deveria) de fato preocupar-se com ela. A
poesia é quem tem mais a perder – isso claro, se entendermos poesia como
diálogo e não enquanto meio de expressão e auto-afirmação. Mas ainda que
resumir-se a ferramenta venha a ser a real essência da poesia moderna, há
uma essência ainda mais essencial a toda poesia de qualquer tempo ou lugar
e que, enfim, é o que a caracteriza enquanto poesia: sua recusa em
resumir-se ao discurso do poeta. A poesia é um diálogo que dialoga leitor
e mundo, em uma tensão que os reúne e os religa essencialmente, onde o
poeta é “intermediário” e nem ao menos deve orgulhar-se disso. A poesia
tem, portanto, um papel muito mais profundo e crítico que o discurso do
poeta, por melhor que este seja, e já se configura um antidiscurso que
traiçoeiramente o coloca em condição também de “leitor”. Esta dimensão de
compreendimento do que venha a ser poesia precisa ser retomada
imediatamente, pois, enquanto interlocutor e interlocução deste colóquio
profundo, o leitor, mais cedo ou mais tarde, cobrará sua parte, correndo
risco, o poeta, de ser uma outra vez expulso da república, dessa vez, em
prol de uma poesia oriunda da terra e do magma vulcânico – e não dos
restos deixados pelo suposto fim da história. Contra a cultura letrada,
tal debate caminhará para a destruição do conceito de gênio e o poeta (por
extensão, todo artista) irá recuperar o seu papel autêntico, perdido há
algum tempo, o de propiciador do diálogo, radicando-se no exercício
mundano de compor para o outro.
Compor para o
outro por
vezes é confundido com o compor pensando num público – mas nada
pode ser mais egoísta do que compor segundo demanda de mercado. O mercado
promove, através da massificação, a objetivação máxima do outro. Quanto
mais o artista permaneça nos moldes pré-estabelecidos das demandas de
mercado – pelo fácil caminho dos modismos estilísticos ou pelas superações
supostamente dialéticas exigidas por este – tendo em vista a ascensão na
bolsa da aceitabilidade estética, mais se aprisiona no próprio ego,
primando antes pelo uso do trabalho (e do outro) em proveito
próprio, que pelo movimento da obra enquanto Obra. O outro é a
potência geradora de toda diferença, aquela que evidencia e põe em questão
a própria identidade. Ao outro se deve reverência, pois somente
através dele nos ordenamos dentro e fora de nós. Observador que nos
observa e por onde nos observamos a nós mesmos, é pelo outro que se
pode conceber um eu. Enquanto medida, ele nos dá, antes de tudo,
algum parâmetro não metafísico de existência, pois somos sempre outro para
o outro, tornando este eu, tão fortemente acentuado pela
trajetória racionalista do ocidente (cuja última linha de defesa
filosófica havia sido o existencialismo), irrelevante e o anulando nas
inúmeras possibilidades de ser concebido pelo outro –
impossibilitando qualquer fixação de um estado absoluto e real do eu.
Em nossa tradição mais recente, a poesia foi considerada a arte do eu
por excelência, esta potência egoísta e excludente. Mas somente o cotejo
das diferenças e a contemplação da outridade podem autorizar a consumação
do estado poético autêntico. Diálogo, a poesia é um movimento dinâmico
cujo vetor aponta na direção do caos – gerador de todas as coisas – e só
pode ser concebida enquanto potência máxima das possibilidades e
impossibilidades – tal potência se configura na figura do outro.
Não estamos falando de altruísmo, nem de solidariedade. Consideramos uma
escala tão mais amplificada de ação que, dentro de suas aplicações,
altruísmo e solidariedade desapareceriam enquanto conceito por serem
desnecessários. Notemos também que estanciar na escala do eu não se
identifica a escrever um poema em primeira pessoa. Grandes poetas utilizam
a primeira pessoa para falar daquele múltiplo que, disfarçado de eu,
confunde-se com o outro. Fernando Pessoa talvez seja o exemplo mais
adequado, visto que concebeu uma infinidade de outros, nomeados por
diversos eus.
Sendo a arte o real espaço da diferença e do desconhecido, cabe ao artista
a percepção de que somente pelo compromisso com o outro é que a
Obra pode manter-se dinâmica e correr na direção contrária à centralização
imposta pelo sistema de bens culturais. Quanto mais o artista se engaje na
contramão, quanto mais se aprofunde nessa tentativa de auscultar o mundo,
fundamentando poéticas radicais e provocadoras, pois diferenças,
mais ele se doa ao outro – justamente por doar o que a este jamais havia
sido doado antes: uma outra possibilidade de mundo. Mas este é também um
caminho ardoroso e por vezes solitário, pois, antes de trilhar os caminhos
já trilhados, exige que se abra na mata uma senda inexistente, despertando
por vezes o ódio e o desprezo daqueles a quem se quer chegar. Essa
postura, que pode ingenuamente ser entendida como vanguardista, não se
refere a uma mera inovação formal ou a exclusividade nos modos de criação,
mas à sinceridade com a própria Obra. Há tantas possibilidades de mundo no
qual o mundo se ordena, há tanta força na potência oculta, logo infinita,
da poesia e da arte que seria ingenuidade demais acreditar em apenas meia
dúzia de caminhos consagrados pela farsa da tradição – este sim é o
verdadeiro formalismo, aquele que tem na tradição (instância máxima da
lógica da canonização) a alternativa futura de um passado pré-determinado.
Se até a capacidade da fala é uma adaptação, um “desvio não natural” do
organismo, a partir de órgãos com funções fisiológicas específicas
(respiração, digestão, etc.), nada pode ser determinístico, nada pode
servir como balizas para a consumação das possibilidades plenas da poesia.
O sistema fonador é uma dádiva da cultura, fruto da necessidade que
tivemos desde o início de falar poesia, onde a própria fala é um poema do
corpo, como o mundo é um poema do desconhecido. O desconhecido, por sua
vez, é a potencia máxima da imagem do outro.
E aqui se conforma um caminho ético. A questão ética não deve ser
identificada a questões meramente morais, nem com falsos engajamentos
políticos. A ética é a correspondência à interpelação das possibilidades
de mundo – interpelação sempre jogada ao desconhecido –, portanto um
caminho mundano que chama em resistência ao que há de falso e secundário
no que tange a realização poética. A saber: tudo aquilo que submeta a Obra
a outros desígnios que não os dela mesma. A poesia só permanece na
totalidade. Sem ética, se esfacela e se estanca em fragmentos meramente
formais, se prestando a ferramenta política e moral. A ética é um tal
engajamento da vida na escrita que a própria escrita passa a suplantar a
vida do autor.
O enorme
coração do cavalo bombeia sessenta vezes mais sangue que o do cavaleiro. A
poesia bombeia sessenta mil vezes mais sangue que o poeta. É preciso
deixá-la tomar o controle. A poesia não é o lugar para fazer o que se
gosta, mas o que se duvida. Não é
um passeio de domingo, mas uma viagem turbulenta por caminhos
desconhecidos, sobretudo para o poeta, e que o afeta de tal maneira que
não se pode deixar de ser moldado por ela. Por isso o poeta deve ser,
antes de tudo, um leitor – para decidir-se poeta somente quando da certeza
de suas dúvidas – isto é: escrever não por expressão, mas pela radical
necessidade de vasculhar o que ninguém se atreve a vasculhar por ele. O
poeta nunca deve ser maior que a poesia que escreve. Deve sumir diante
dela e restar na ordinária condição de indivíduo – aquele que vai à
padaria, que assiste filme ruim na Tela Quente, que nunca foi o preferido
da professora, que não ostenta essa ou aquela condição, que não é melhor
ou pior em relação a qualquer outro – de tal forma que falar de aspectos
de sua vida não venha a ser mais importante que a poesia contida nela. Em
verdade, já não haverá diferença entre vida e poesia, ao contrário dos
exemplos citados no inicio do ensaio, onde a
poesia não passa de um recurso retórico tendo em vista a canonização do
autor – não é a vida que se impõe a poesia, mas a poesia que gera a
própria possibilidade da vida. O poeta deve ser, consequentemente, aquele
que se interessa pelas pessoas, poderosas ou não, que se ocupa de todo
aquele que não tenha nada a lhe oferecer. Somente assim, lutando em
pensamento e ação por uma ética da escrita, a poesia poderá ser, como já
foi na antiguidade e em casos muito recentes, a arma mais incisiva e
poderosa contra as incoerências da realidade. Ser ético é, portanto,
escapar ao próprio ego e engajar-se na quântica das palavras. Essa é a
dimensão da qual o poeta não pode abrir mão. Se ele for complacente com o
sistema, quem mais deixará de ser? Somente sua simplicidade e renúncia
podem o redimir, muito além das ilusões criadas para suportar sua real
insignificância social. O cinismo só se torna válido quando duvidamos de
nós mesmos. O artista que tem medo de duvidar, seja de si, seja do mundo
que o aceita, tem medo de deixar de ser como é, pois ainda se admira como
o sujeito de uma realidade objetivadamente imutável, e não como centelha
de um universo mutável. Este ainda não está pronto para a caminhada. Sua
viagem se limita em ir até a esquina e voltar.
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anteriores
MÁRCIO-ANDRÉ é
poeta, ensaísta e editor, autor dos livros Movimento Perpétuo e Intradoxos
e coordenador do projeto Arranjos para Assobio, de texturas poéticas e realidades experimentais (http://arranjos.confrariadovento.com).
Trabalha na tradução de poesia de Serge Pey,
Ghérasim Luca e Bernard Heidsieck. Sua página é
www.marcioandre.com
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